Para: Meu amor
Assunto: Essas coisas estranhas.
Procurei pela internet algum texto que expressasse o que eu sinto, mas nenhum deles descreve na mesma proporção, realidade e intensidade. Então resolvi escrever eu mesmo.
É um mundo novo para mim. Esse mundo de ter alguém para cuidar, e fico feliz que você seja a minha guia.
Passei o meu pouco tempo de vida desacreditando das coisas sentimentais. Ah, namorar? Isso não é para mim, pensava.
Encontrei a tal "tampa da panela", a "metade da laranja", e todos esses clichês que sempre achei serem feitos para compor músicas irreais, sobre sentimentos irracionais.
É bom sentir tudo isso, tenho que confessar. É tranquilo e aconchegante, e não é nem um pouco sufocante como eu achei que seria. Embora eu me sinta sufocado pela saudade as vezes.
Me sinto vulnerável, exposto. Já que me vejo perdido, apreciando cada parte do seu sorriso, cada centímetro da sua pele, cada segundo do seu abraço.
E tenho medo, por que não? Tenho medo de não te proteger, de te machucar com a minha falta de jeito com as palavras, com meu jeito intolerante e controlador.
Mas você sabe, apesar dos pesares você já faz parte de mim, mesmo que as vezes eu simule indiferença, sou só eu tentando me enganar. Porque afinal eu quero mesmo é sentir seu cheiro pela manhã e não mais o cheiro do café. E bom...isso deve significar alguma coisa.
Eternamente seu,
J. Ishik.