Ela estava sentada ali, lendo e foi quando ela parou e pensou na vida.
Pensando em quantas oportunidades ela deixou passar.
E quantas portas deixou de abrir.
Ela estava despedaça depois da cena que vira, no dia em que resolveu deixar ele para trás.
Ela sabia que era o certo a fazer.
E sabia que iria sofrer, afinal ela o amava e iria doer tirar esse sentimento de dentro dela.
Mais não tinha volta, a decisão era pra valer.
Ela se sentia destruída por dentro, mesmo depois de seis meses.
Ela se recordou do dia em que esbarrou com ele no mercado, uns três meses depois da separação.
Ao mesmo tempo que o coração quase saiu pela boca, ela sentiu um alívio.
Alívio aquele que a deixou no instante que ele a viu e mudou de direção.
Como alguém poderia fazer isso? Então ela se lembrou de que não valia a pena pensar nisso.
Afinal, ela estava reconstruindo sua vida.
E em sua vida não haveria espaço e nem emoções relacionadas a ele.
Mas mesmo assim, depois de tanto tempo, seu coração ainda pertencia a ele e então o que fazer?
Ela sabia que não iria ceder ao sentimentos, mas não fazia nada para diminuí-lo.
Foi então que ali naquele banco, no meio da praça, que seus olhos pousaram no cara que estava passando.
E os dele, nela.
Os dois sorriram, ela envergonhada e ele com um sorriso perceptivo.
E ele continuou sua corrida.
Ela ficou sentada ali pensando na vida por mais uns instantes, quando começou a chover.
Então ela saiu correndo e tentou se esconder da chuva entrando em uma padaria.
Sentou e pediu um café para se esquentar.
Olhando para fora, se pegou pensando no homem do parque e sentiu sua bochecha queimar ao lembrar-se da atração que sentiu por ele.
Ela realmente o achou bonito e ficou lá pensando naquele momento repetidas vezes.
Foi quando alguém se sentou à sua frente e perguntou se ela estava sozinha.
Quando ela olhou, era como se estivesse em choque, era o homem do parque.
E então os dois começaram a conversar.
Conversa vai, conversa vem, quando ela olhou para o relógio viu que já estava tarde e a padaria quase fechando.
Então se despediu dele e quando estava para entrar no carro.
Ele a abordou novamente e lhe pediu o telefone.
Ao entrar no carro, toda aquela sensação que estava sentindo no parque sumiu.
E ela desejou que aquele fosse um novo começo, aquele que ela tanto queria.
Se quiser ler a primeira parte:
Tormenta