O fardo da dor

Eu queria simplesmente poder deixar a dor de lado.
Ignorar o fato de que eu não sou tão especial quanto eu achava que fosse.
Levantar de cabeça erguida depois das quedas que a vida me deu.
Mas não consigo deixar de lado o que eu to sentindo.
É muita dor, e ignorá-la não faz parte do meu caráter.
E só eu sei como esse fardo é pesado.
Pedir para alguém dividir esse fardo comigo, é pedir demais.
Me isolar é errado, mas é o único jeito que eu conheço.
De fazer a dor diminuir, pra guardar dentro de uma caixinha.
Uma caixinha que eu vou guardar em uma parte pouco acessada do meu coração.
E voltar a viver de novo.
Voltar a sentir vontade de estar perto das pessoas que eu gosto.
De sair, de fazer zuera.
Pouquíssimas pessoas sabem o que estou passando.
Pouquíssimas pessoas largariam o que estavam fazendo, só pra poder ser o meu ponto de equilíbrio, quando eu não aguento mais guardar tudo isso dentro de mim.
Pouquíssimas pessoas não, nenhuma.
Eu já tive pessoas que estiveram lá por mim, mas essas pessoas estão muito longe.
E as que estão próximas, não são tão próximas como eu achava.
Taí, quando estamos em um momento difícil sabemos distinguir quem está ai pra você e quem só finge estar.
Não quero que essa dor se transforme em raiva.
Que essa raiva se transforme em revolta.
E que essa revolta se transforme em indiferença, só quero que passe logo.
E isso só depende de mim.

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